quarta-feira, janeiro 05, 2005

empenho

O isolamento faz o ruído de unhas tentando escrever na ardósia dum quadro negro, o som dum giz riscando a branco a invisibilidade impalpável das sensações gastas pelas unhas gastas que são um giz gasto, a chiar na lousa ideias, cujo pensar não ouso acompanhar. Acompanho, movido pela vertigem, o desempenho musical deste empenho destrutivo do isolamento, tentando fazer ao silêncio o mesmo que a coruja ao rato.