segunda-feira, janeiro 03, 2005

luar e sombras

Ouvi uma voz vinda da cela da jovem e percebi que orava, elevando as palavras para ser ouvida pela Lua Cheia enchendo a noite de luar e sombras estáticas dos objectos hirtos. Da arquitectura de escadas, paredes, janelas, pilares, muros, vasos vazios e quebrados, um sino… na torre da igreja onde moro com a coruja que se alimenta de ratos apanhados a estas horas da noite, onde as garras ferem e o bico dela entra a carne, depois de rasgar a pele esgarçando o corpo, ainda vivo, até estar morto e comido.